Duas vozes, plateia ecoa e isso "É coisa de pele, é coisa de preto"

A festa de lançamento do Carnaval 2020 que aconteceu nesse 7 de setembro serviu também para apresentar (e cantar junto) o samba! Duas apresentações trouxeram a obra para o palco da festa e também para a língua dos centenas de presentes na noite.

Quadra doi Piqueri fcou lotada nessa noita de 7 de setembro para o lançamento do Carnaval 2020 da Tom Maior. Foto: José Soriano / Tom Maior

Bruno Ribas e Mayara Costa apresentaram o hino da Tom Maior para o Carnaval 2020. A música é um trabalho de Gui Cruz, Rafael Falanga, Vitor Gabriel, Portuga, Imperial, Elias Aracatio, Luciano Rosa, Reinaldo Marques, Marçal e Willian Tadeu.




A Festa de Lançamento que aconteceu nesse dia que comemora o 196° aniversário da Independência do Brasil, reuniu centenas de pessoas na quadra da Rua Coronel Bento Bicudo. Como a programação era de festa, houveram convidados, além da família vermelho-amerela, como o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Nenê de Vila Matilde e a Escola de Samba Estrela do Terceiro Milênio.

A Tom Maior usou a festa para apresentar ao público seu projeto para o Carnaval 2020, já com os trabalhos em ritmo acelerado. "É Coisa de Preto" é um enredo afirmativo, que mostra que a contribuição de negros e negras para a formação de nossa nação vai muito além do estereótipo. Nosso desfile mostrará como os africanos se tornaram afro-brasileiros e trouxeram sua contribuição não só física, mas (principalmente) intelectual no desenvolvimento de nossa sociedade.





Líderes, estudiosos, escritores, poetas, artistas populares e eruditos, transgressores sociais... Personagens que o preconceito insiste em ofuscar de nossa história, mas que devem ser trazidos aos holofotes para o devido reconhecimento, e também para inspirar as novas gerações.





A partir da subversão de uma expressão racista, mostramos que "Coisa de preto", "serviço de preto", "arte de preto" na verdade são alguns dos pilares essenciais de nossa sociedade, escancarando que ignorante é quem desconhece a verdadeira importância de negros e negras em nossa história.

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