Maria Felipa, é coisa de preto

Na Bahia de Todos os Santos, mais precisamente na Ilha de Itaparica, uma Maria Felipa tornou-se conhecida como "A heroína negra de independência". Maria Felipa participou das batalhas da Independência Baiana, que se iniciaram antes mesmo da declaração de independência do Brasil e ajudaram a consolidar nossa separação da coroa portuguesa. 


Uma das mais importantes participações de Maria Felipa nos conflitos foi em 1823, quando uma esquadra de 42 barcos portugueses se aproximava do Recôncavo Baiano para sufocar as revoltas locais. A capoeirista liderou um grupo de mulheres, de diferentes etnias e classes sociais, para incendiar diversos destes barcos, contribuindo para garantir a independência de nossa nação.


Maria Felipa é  a homenageada da Tom Maior no Carnaval 2020 em uma das alas, na noite de 21 de fevereiro.


A fantasia representa esta batalha histórica, trazendo as naus portuguesas ardendo em chamas nos mares do nordeste brasileiro.

A frota portuguesa vem representada nas velas ostentadas no costeiro, com a Cruz de Malta, símbolo da marinha lusa. Os tecidos que adornam o corpo dos foliões, nas cores azul e branca, representam os mares da Bahia. Na parte superior da roupa há alguns tecidos em vermelho que, junto com a gola da fantasia, representam o fogo que consumiu as embarcações.

É COISA DE PRETO

"É Coisa de Preto" é um enredo afirmativo, que mostra que a contribuição de negros e negras para a formação de nossa nação vai muito além do estereótipo. Nosso desfile mostrará como os africanos se tornaram afro-brasileiros e trouxeram sua contribuição não só física, mas (principalmente) intelectual no desenvolvimento de nossa sociedade.


Líderes, estudiosos, escritores, poetas, artistas populares e eruditos, transgressores sociais... Personagens que o preconceito insiste em ofuscar de nossa história, mas que devem ser trazidos aos holofotes para o devido reconhecimento, e também para inspirar as novas gerações.


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