Maria Firmina dos Reis, é coisa de preto

São Luís do Maranhão, a ilha do amor. Cenário perfeito para lá surgir a primeira romancista negra na literatura de nosso país. Professora capaz de romper com tendências da época ao mostrar em Úrsula as perversidades cometidas pela escravidão (ainda existente naquele momento) e que escravos, antes de mais nada, eram humanos com os mais belos e puros sentimentos.


É coisa de preto assumir protagonismo e ser precursor. Vemos isso perfeitamente em Maria Firmina. Sua obra despertou na sociedade um olhar contrário à escravidão e a necessidade de um movimento abolicionista foi criado a partir de sua obra. 

Além disso, em sua profissão de educadora inaugurou no Maranhão a primeira escola mista onde aliou meninos e meninas na mesma sala de aula.



No prólogo de sua obra de estreia, Úrsula, Maria Firmina dos Reis escreveu: "pouco vale este romance, porque escrito por uma mulher, e mulher brasileira, de educação acanhada e sem o trato e conversação dos homens ilustrados."

Maria Firmina é a homenageada da Tom Maior no Carnaval 2020 em uma das alas, na noite de 21 de fevereiro.


A fantasia ilustra a personagem Maria Firmina dos Reis lançando mão de páginas de livros, simbolizando sua obra literária. As roupas de renda remetem a figurinos utilizados pela escritora e os corações que completam a indumentária indicam o gênero literário no qual sua obra se insere, o romantismo.

É COISA DE PRETO

"É Coisa de Preto" é um enredo afirmativo, que mostra que a contribuição de negros e negras para a formação de nossa nação vai muito além do estereótipo. Nosso desfile mostrará como os africanos se tornaram afro-brasileiros e trouxeram sua contribuição não só física, mas (principalmente) intelectual no desenvolvimento de nossa sociedade.





Líderes, estudiosos, escritores, poetas, artistas populares e eruditos, transgressores sociais... Personagens que o preconceito insiste em ofuscar de nossa história, mas que devem ser trazidos aos holofotes para o devido reconhecimento, e também para inspirar as novas gerações.

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