Ala 01 - Cordel em Sinfonia
Nosso auto sobre o Pequeno Príncipe é uma releitura sertaneja da história original de Exupèry (Ou Zé Perri, como contam as lendas no Rio Grande do Norte). Viajaremos pela história de um simpático e sonhador caminhoneiro que quebra sua jubiraca no meio de lugar nenhum e encontra, em uma louca e encantadora fábula, um galeguinho sabido e cheio de histórias pra contar.
Nosso grande musical em homenagem ao Pequeno Príncipe se inicia com uma orquestra sertaneja. Uma cambada de anjos forrozeiros fará a abertura desse conserto. Inspirados na obra de Mestre Vitalino, seus figurinos trazem sanfonas, zabumbas e triângulos, que farão todo o anhembi forrozear.
Vitalino começou sua arte esculpindo os próprios brinquedos no barro que a mãe (também artesã) usava para fazer panelas. A habilidade de trazer à vida a imaginação infantil o faria um dos mais importantes escultores brasileiros e, por isso, o tomamos como inspiração para a abertura de nosso desfile.
O Pequeno Príncipe no Sertão
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Uma das frases mais reproduzidas da literatura pertence ao livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Em 2022, a Tom Maior vai trazer essa e outras reflexões da obra infantil para a Avenida, mas de um jeitinho bem brasileiro, contextualizando a história no Nordeste. “O Pequeno Príncipe no Sertão” é o nome do enredo que será desenvolvido pelo carnavalesco Flávio Campello.
Há quem diga que o autor se inspirou na capital do Rio Grande do Norte, Natal, para escrever este clássico da literatura. Por isso, nada mais justo do que recontar O Pequeno Príncipe no sertão nordestino: “Por que não transmitir as mensagens do livro, adaptando-o para o sertão, unindo a sabedoria de O Pequeno Príncipe ao berço da sabedoria popular que é o nosso Nordeste?”, diz o carnavalesco.
O livro de Antoine de Saint-Exupéry traz muitas lições atemporais. Para carnavalizar e abrasileirar essa história, Flávio Campello vai contar com a ajuda de personagens conhecidos do sertão: “Por que nosso aviador não pode ser um sertanejo caminhoneiro? Por que a revoada de pássaros que leva O Pequeno Príncipe a viajar não poderia ser de asas brancas? Por que o Rei não poderia ser o Rei do Maracatu? Sempre preocupados em manter a mensagem original, da obra original, com essa pequena adaptação ao nosso Nordeste tão festeiro, tão alegre, colorido! Iremos transformar o nosso Nordeste numa linda história lúdica! O público poderá esperar a emoção!”
Campello tinha com ele a vontade de trazer a história de O Pequeno Príncipe para o Carnaval. A ideia começou a ganhar força com a ajuda de Judson Salles, diretor de Carnaval da Tom Maior, que há muito também cogitava o tema. Da pesquisa, dois outros parceiros surgiram para agregar no projeto da agremiação: Josué Limeira, que adaptou a obra de Antoine de Saint-Exupéry para a literatura de cordel, e Vladimir Barros, ilustrador da versão. Empolgação é o que não falta para o carnavalesco: “Eu confesso que estou apaixonado por esse projeto! Estou muito motivado, e o melhor de tudo: será totalmente desenvolvido com tempo, amor e dedicação que essa quarentena nos proporcionará”, finaliza.
0 Comentários